O peixe é um alimento
gostoso e saudável, mas há certos tipos de peixe que não fazem tão bem à saúde.
Mas vale estarmos atentos na procedência e na cadeia alimentar.
"Os
peixes que têm maior concentração de mercúrio são os que estão no final da
cadeia alimentar, e não é recomendável consumi-los mais do que duas vezes ao
mês", disse à BBC Andrei Tchernitchin, presidente do Departamento de Meio
Ambiente da Escola de Medicina do Chile.
"Os
predadores (como os tubarões) comem outros organismos e absorvem os elementos
contaminados que estavam em seu alimento. Por isso, os peixes grandes costumam
ter mais mercúrio no organismo, porque já se alimentaram de muitos peixes
pequenos que, por sua vez, absorveram o mercúrio que estava no plâncton."
Tchernitchin, que também é professor da Faculdade de
Medicina da Universidade do Chile, explica que "o veneno está na
quantidade".
Mas se o
consumo de peixes for moderado, não há riscos para a saúde.
No caso das mulheres grávidas, as que estiverem
amamentando, e também crianças menores de três anos, é importante ter um
cuidado maior com o consumo desse tipo de alimento, diz Francisco Miguel
Celdrán, nutricionista da Universidade Católica San Antonio de Murcia, na
Espanha.
Os bebês, por exemplo, são muito vulneráveis aos efeitos
nocivos do mercúrio.
O consumo de peixes e frutos do mar com concentração de
mercúrio pode trazer problemas para os sistemas nervoso, digestivo e
imunológico, além de afetar pulmões, rins e olhos.
O que consumir?
Em termos gerais, o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido recomenda o consumo de porções menores de peixe durante a semana para manter uma dieta saudável.
Em termos gerais, o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido recomenda o consumo de porções menores de peixe durante a semana para manter uma dieta saudável.
A porção ideal é de 140 gramas ─ depois que o peixe já
foi cozido.
A EPA e o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, uma
ONG que se dedica a temas relacionados com o meio ambiente, oferecem um guia
que lista os peixes e frutos do mar em função da concentração de mercúrio.
Os que têm a maior quantidade de mercúrio são: tubarão,
peixe-espada e agulha.
Os que têm alta concentração de mercúrio, mas menos do
que os anteriores: cavala, corvina (do Pacífico), bacalhau-negro, robalo
chileno e atum.
Os que têm uma quantidade moderada: robalo riscado,
carpa, lagosta, tambaril e peixe-búfalo.
Os que têm pouco: chaputa, anchovas, bagre, moluscos,
lagostas, ostras, salmão, sardinha, camarão, lula, tilápia, bacalhau, abadejo,
vieiras e truta.
As espécies de menor tamanho são as mais
recomendáveis por serem os peixes com menos mercúrio, como é o caso
das sardinhas, aliches, anchovas, assim como a merluza e outros peixes.
- Muitos peixes grandes são
criados em tanques e recebem hormônios para crescerem rapidamente. Comum em
peixes vindos da Ásia, por exemplo, o bagre.
Atum: Apesar de ser
um peixe pequeno e bastante recomendado, grande parte dos atuns são de
cativeiro, já que, devido ao alto consumo mundial, o peixe pode até entrar em
extinção. E os produtores colocam hormônios e antibióticos para acelerar e
aumentar a produção.
Peixe-panga
Consumo: não recomendado
Embora não seja muito popular no Brasil, é preciso ficar atento ao consumo desta espécie. Grande parte dos peixes-panga encontrados em peixarias são do Vietnã, mais especificamente do Rio Mekong – um dos rios mais contaminados do mundo. Além disso, este peixe contém um nível elevado de nitrofurazona e polifostatos, que são substâncias cancerígenas.
Embora não seja muito popular no Brasil, é preciso ficar atento ao consumo desta espécie. Grande parte dos peixes-panga encontrados em peixarias são do Vietnã, mais especificamente do Rio Mekong – um dos rios mais contaminados do mundo. Além disso, este peixe contém um nível elevado de nitrofurazona e polifostatos, que são substâncias cancerígenas.
Como acontece essa contaminação por mercúrio no mundo
submarino?
O mercúrio é encontrado naturalmente na superfície
terrestre e pode vir da atividade vulcânica ou da erosão das rochas.
No entanto, a principal causa de emissões de mercúrio
são as atividades humanas, principalmente aquelas provenientes da queima do carvão em usinas de energia e em
processos industriais.
O Departamento do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do
Canadá explica que, quando o mercúrio é liberado no meio ambiente e no
ecossistema marinho, algumas bactérias podem transformá-lo em metilmercúrio.
"Essa substância é acumulada em peixes e mariscos,
que terminam com uma concentração mais elevada de mercúrio no organismo."
http://g1.globo.com/
http://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=9629
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