sábado, 4 de março de 2017

Altas temperaturas podem ser prejudiciais para a saúde íntima da mulher

Altas temperaturas podem ser prejudiciais para a saúde íntima da mulher

Transpiração e umidade na área vaginal pode criar ambiente propicio para surgimento de infecções
São Paulo, março de 2017 – De acordo com a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), agência americana responsável pelo monitoramento da atmosfera e dos oceanos, 2016 foi o ano mais quente já registrado, fenômeno que deve persistir durante 2017. Apesar de adoradas por muitos, as altas temperaturas podem se tornar vilãs das mulheres.
A saúde íntima da mulher merece atenção extra principalmente durante os meses mais quentes do ano, pois o risco de desenvolver infecções vaginais, principalmente a candidíase, pode aumentar. Em resposta às altas temperaturas, o organismo apresenta sudorese excessiva, inclusive na região íntima, o que pode levar a uma diminuição das defesas naturais e facilitar o desenvolvimento de fungos e outros microrganismos prejudiciais para a vagina. Além disso, fatores como a imunidade baixa, má alimentação, tabagismo e a falta ou excesso de higienização também aumenta a quantidade desses agentes causadores de infecções.
“A transpiração e, consequentemente, a umidade da área vaginal relacionada ao uso de absorventes diários ou o uso prolongado de biquíni molhado, cria condições propícias para a proliferação de fungos que normalmente já existem ali, mas que em baixas concentrações não causam problemas. Esse aumento pode causar a candidíase, por exemplo, gerando sintomas”, explica Dra. Iara Moreno de Linhares, Livre Docente da Disciplina de Ginecologia do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Embora as altas temperaturas sejam um sinal de alerta para os próximos meses, existem outros fatores que facilitam o desenvolvimento de infecções, entre eles a diabetes, o uso de antibióticos, medicamentos com corticoides e deficiência imunológica.

A candidíase caracteriza-se pelo corrimento espesso e esbranquiçado, e também pela coceira na região da vulva. “5% das mulheres que já tiveram candidíase poderão ter a infecção quatro ou mais vezes no período de um anoEm casos mais graves, pode haver pequena rachaduras na região vulvar devido ao processo inflamatório. A paciente pode também sentir dor ao urinar e durante as relações sexuais. Sem contar que quando não tratada corretamente, a candidíase pode afetar a qualidade de vida de maneira importante, já que os sintomas são bastante desagradáveis. Por essa razão é recomendável estar sempre atenta aos sinais e consultar um médico caso perceba que existe uma anormalidade” alerta Dra. Iara.

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