Altas temperaturas podem ser prejudiciais para a saúde íntima da mulher
Transpiração e
umidade na área vaginal pode criar ambiente propicio para surgimento de
infecções
São
Paulo, março de 2017 – De acordo
com a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), agência americana
responsável pelo monitoramento da atmosfera e dos oceanos, 2016 foi o ano mais
quente já registrado, fenômeno que deve persistir durante 2017. Apesar de
adoradas por muitos, as altas temperaturas podem se tornar vilãs das
mulheres.
A saúde íntima da mulher merece
atenção extra principalmente durante os meses mais quentes do ano, pois o risco
de desenvolver infecções vaginais, principalmente a candidíase, pode aumentar.
Em resposta às altas temperaturas, o organismo apresenta sudorese excessiva,
inclusive na região íntima, o que pode levar a uma diminuição das defesas
naturais e facilitar o desenvolvimento de fungos e outros microrganismos
prejudiciais para a vagina. Além disso, fatores como a imunidade baixa, má
alimentação, tabagismo e a falta ou excesso de higienização também aumenta a
quantidade desses agentes causadores de infecções.
“A
transpiração e, consequentemente, a umidade da área vaginal relacionada ao uso
de absorventes diários ou o uso prolongado de biquíni molhado, cria condições
propícias para a proliferação de fungos que normalmente já existem ali, mas que
em baixas concentrações não causam problemas. Esse aumento pode causar a
candidíase, por exemplo, gerando sintomas”, explica Dra. Iara Moreno de Linhares, Livre Docente
da Disciplina de Ginecologia do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Embora as altas temperaturas
sejam um sinal de alerta para os próximos meses, existem outros fatores que
facilitam o desenvolvimento de infecções, entre eles a diabetes, o uso de
antibióticos, medicamentos com corticoides e deficiência imunológica.
A candidíase caracteriza-se pelo
corrimento espesso e esbranquiçado, e também pela coceira na região da vulva. “5%
das mulheres que já tiveram candidíase poderão ter a infecção quatro ou mais
vezes no período de um ano. Em casos mais graves, pode haver
pequena rachaduras na região vulvar devido ao processo inflamatório. A paciente
pode também sentir dor ao urinar e durante as relações sexuais. Sem contar que
quando não tratada corretamente, a candidíase pode afetar a qualidade de vida
de maneira importante, já que os sintomas são bastante desagradáveis. Por essa
razão é recomendável estar sempre atenta aos sinais e consultar um médico caso
perceba que existe uma anormalidade” alerta Dra. Iara.
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